quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

E o ano termina. Vamos começar de novo?

Bom, criei um blog só pra poder falar bastante, muito mesmo. E começo me despedindo de 2009, o ano mais... interessante e diferente de todos os que eu já vivi, até agora, no auge dos meus vinte anos.
No post, os fatos virão desordenados, sem seguir calendário algum, se é que chegarão, porque a memória falhará, com certeza! Não que seja a variável do que foi ou deixou de ser memorável ou significativo. É isso!

Dois mil Inove foi o primeiro trocadilho que eu ouvi, Forever The Sickest Kids a primeira banda e Itapoá a primeira praia. Eu estava num ponto crítico da usina de emoções que meu coração se propôs a desenvolver. A turbina simplesmente parou e eu, sinceramente, pensei que não fosse virar o ano, quanto mais pegar minha mala e partir direto pro mar, pro sol... Chegamos com chuva, mas a companhia não poderia ser melhor. Minhas melhores amigas e muita festa. As melhores férias, as quais resolvi me segurar para manter a calma. Aliás, essa foi a luz que contornou meu ano inteiro. Me blindei com muita felicidade. Voltando ao norte, segui para Maringá e lá flutuaram sonhos, novas amizades e mais festa. Voltei, me satisfiz ao comprar meu grande sonho, roxa, cordas finas e muito rock: era a minha primeira guitarra, na mais pura realização pessoal, material e musical. A vida simplesmente toca as notas que a gente quiser tocar pra frente... E o campeonato paulista começava sufocante, tentávamos retornar à casa, aos clássicos e o Barueri nos enforcou, era o começo na corda bamba, não era? Pff... Não cheguei lá. Ganhei um emprego e novas satisfações pessoais. E tudo pareceu completo. Voltei às aulas e o segundo ano veio direto nas minhas mãos, caindo como uma luva na minha rotina, aparentemente agradável demais para ser verdade. Novos e grandes amigos, amizades fortalecidas. Voltei à Maringá e o Carnaval foi diferente, mais novos amigos. Meu Deus, seria um sinal de que eu me sentiria só, né? Chegou meu aniversário, com a festa. As bexigas em preto e branco, após uma balada animadíssima com toda a turma reunida, com velhas amizades me entregando de bandeja uma alegria e tanto. A vida regada de paz, brindada em amor e banhada à ouro. Preciosíssima vida! E AS BEXIGAS, novamente, tão bem refletidas no meu rosto feliz da vida. Mais festa e mais música! Foi "Titanic", veio "Chora, me Liga" e outros tantos sertanejos. Passou e não passou nada, com um mês do tal serviço voluntário, só pra manter a consciência e os estudos. Curitiba, era a sua vez! E conheci mais amigos antigos e novos, talvez eu tenha me decepcionado, talvez tenha sido inacreditável. E foi, não? Simple Plan em show, em fotos, em conversas desconversadas, em e-mail recebido de surpresa. Jeff e o nosso susto. Não atendemos ao pedido, claro, semana de provas e tudo o mais que me tornasse ainda mais responsável. Pois é, chegaram as tais provas e o cansaço já transparecia no meu olhar. Eu precisei ser forte e fui e lá se evaporavam as boas horas de estudo, leitura e conhecimento. Pensando bem, eu já não aguentava mais. Mas tinham as baladas nos finais de semana e o Escritório era a nossa casa, dava pra gente chegar e ir embora quando quisesse. E foi passando, a bola rolando e o Corinthians com tudo, com Ronaldo, a maior contratação de todos os tempos, já havia carimbado o arqui-rival, deixando o Marcão no chão. E, é verdade, o Coringão tinha voltado e, desta forma, de bandeira nas costas, fomos lá, debaixo de chuva e o que tivesse que ser, comemoramos o vigésimo sexto título paulista. Nossa vez (chupa!). O trabalho já começava a pesar e, apesar de todo horário de almoço venerável ao lado da minha mãe, eu já queria sair, voltar àquela velha rotina de acordar (não tão) cedo, caminhar, pensar na saúde, estudar, pensar no futuro, fazer coisas que eu pudesse fazer, sem estresse. E, não tão ingrata, de lá sairam mais amigos, mais pessoas sorridentes e pra cima (timão). Mas, na verdade, a semana inteira eu ficava esperando pra me ver sorrindo, pra me ver cantando... Na balada, com os amigos. Sempre eles! Sempre elas, a minha mãe e minha irmã pra colar com super bonder os destroços da minha paciência. Tantos desabafos e reclamações. Correria. Recordes, feito Usain Bolt. E eu tinha que ter a maior calma do mundo, feito Roger Federer. Eu choraria como Cielo, de felicidade... E, aproveitando... Era o Corinthians trazendo mais alegria. Eu já sabia que viraríamos contra o Atlético-Pr, eu já sabia que daríamos qualquer troco ao Inter... Nilmar, a nossa vez das Nilmaravilhas! Não tinha pra ninguém, era nosso, era tri. Terceiro título do ano, contando com nossos jovens guerreiros heptacampeões. E ficou a festa, muita festa, nova festa, com a mesma cara, a cara do Timão. E tinha a Choque pra estragar, não o sorriso estampado e alvinegro, só o momento. Deu medo, mas a gente é a gente... A gente mais feliz do mundo! Aí, veio o Campeonato Brasileiro, veio o Nilmar pintando a arte, magnífico... Pra no fim, ir embora, com Douglas, Cristian e André Santos. E a seleção? Era toda nossa essa vaga. Brasileiríssima. E deu Flamengo. E deu França com Henry e deu Andrés arrumando a casa. Não deu pro Chelsea, mais uma vez. Só deu Messi e Drogba. Mais estresse no trabalho, mais sufoco e preliminares de um sumiço. Deus foi bondoso demais no meu caso quando paralisou minha rotina. A gripe era suína, o medo era do cão. Que alívio! Quantas mortes, né? Quanta violência, em pleno século vinte e um. Green Day quis falar, depois de quatro anos e eu gostei muito! Eu reconheci amigos antigos, fiz outros amigos, fui em shows, recebi abraços e beijos e estava feliz, de certa forma. E as duas horas de almoço sempre me segurando o choro e o colo da mãe sempre desatando o nó da minha garganta. Vi pessoas ruins, senti a inveja se aproximar e o passo de dança era coreografado em cada nova balada. A velha animação e mesma turma. Os papos sempre em dia, na faculdade, na van ou nos e-mails. Era hora de se metamorfosear pra cair na chuva e pular tão alto quanto o coração pudesse bater. Que felicidade era aquela, meu Deus? E eu postava no twitter, a pior-melhor aquisição do ano. E, nestas, eu conheci gente nesse tal micro-blog. Segui gente e segui a intuição que aquela velha Green Day Brasil estava toda ali. Eu quis comprar tudo, quis gastar. Chorei demais, chorei tanto que meus olhos se cansaram. Aí, fui chorar de felicidade e voltei àquela terrinha nublada e fria de Curitiba, pra pegar na mão do Jason Mraz e ouvir a música do ano, "I'm Yours"... Jason e seu chapéu. Vi a banda passar, cantando coisas de amor... e era rock, era o Skank! Ficamos ali até que o dia amanhecesse. Seguia o rock na volta e sempre a Jackie Tequila, sempre o Lulu Santos, considerando tudo muito bonito. Mas não me esqueci da Asa Branca e pedi paz à Deus, pedi paz no meu mundo e no mundo inteiro, mas estes homens são sempre esquisitos, egoístas. Então, me choquei com o Couto Pereira e me choquei com o Afeganistão, muito pior do que o Caçador de Pipas, que, sinceramente, não acredito que exista por lá. Como eu sorri em 2009, Pai. Como eu quis abraçar de novo meu querido herói. Ele está por aí, né? Como quis falar de Direito com meu avó e me refugiar no abraço da avó. Eles estão por aí, né? Como eu quis que o céu chovesse menos e o frio desse trégua. Correu a enchente e levou tudo, meu DEUS! Por quê, pergunto eu? E correu o Felipe Massa, correu o Rubinho e muito mais Button. Voltou o sobrenome, voltou o campeão e veio o Lucas Di Grassi. Fiquei feliz! Tomei vodka, tomei vinho e tomei outro banho de mar com a família, em Praia de Leste. Joguei sinuca, me especializei. Ri até não querer mais... Mas, peraí... ainda quero! Quis rodar o mundo, viajar com as amigas num intercâmbio, mas deu tudo errado e era pra dar mesmo. Quis mudar de cidade e a paixão por Londrina só vinha aumentando. Vi, de longe, minha sobrinha crescer e completar seus três anos. Quis selar a paz dentro da minha própria casa, consegui... não consegui, mas lutei até o fim, pra acabar descobrindo que toda família tem problema. Isso era óbvio e eu fui burra! Prestei concurso e me senti inteligente demais por passar, em nono lugar, com a maior nota em redação. Prestei transferência externa e fui mal demais para ter passado, chorei, chorei e riram de mim. Chorei mais e senti a frustração de não ser tão capaz de ter aprendido o que eu deveria ter aprendido. Sonhei demais, sonhei tanto que preferi continuar sonhando a realizar cada sonho meu. Vi a lua e cada por-do-sol, deitada na minha carteira, enquanto a aula de Direito Penal era a mais empolgante que o meu professor poderia fazer. Senti admiração por um grande professor e outro quis pegar no meu pé todo dia. A minha sala era uma bagunça ajeitada e cheia de histórias. Então, parei lá pra sonhar também, com as minhas amigas. Contei segredos, guardei segredos e guardarei eternamente. Adquiri um diário. Falei mal, por cansar de boa. Falei bem, por enjoar de ser má. Rezei e me ajoelhei. Faltei à missa e não vi TV. Participei de tantas promoções e ganhei a mais difícil com presente mais simples. Sorri com cada conquista e com cada derrota, pra não perder a pose. Voltei a chorar. Vi artistas falencendo e seus velórios sendo palco. Vi artistas se ridicularizarem e as pessoas gostando deles. Não aceditei mais no rock, no novo e voltei ao Queen. Ouvi Bob Marley, curti uma banda de maçã e outra banda de reggae. Curti tirar carteira de motorista e queria transformar aquela felicidade plena, pulos e um sorriso que não cabia em mim, em todo o dia da minha vida. E assim o fiz, quando peguei férias, enfim, sem saber se voltarei. Curti 2009 e sua intensidade. Gritei e continuo a gritar que venci e amei demais. Que venha 2010, com a Libertadores, com a Fórmula 1, com a Copa do Mundo e as Eleições! Que haja paz e amor. Um brinde à todos: SAÚDE!