segunda-feira, 19 de abril de 2010

Coisa boa da vida!




(bate-bola entre mãe e filha)

Eu, com meu álbum da Copa, enfim... Completamente realizada. Afinal, quatro anos esperando não é uma coisa para qualquer um não, viu? Sentei numa cadeira, minha mãe na cadeira da frente, no nosso horário de almoço, tranquilas. Faladeira que só! Abri meu álbum, meio que reparando no que minha mãe diria, após o "tô vendo que meu dinheiro vai tudo nisto aí". "Mas, mãe, quanta razão para uma única pessoa, que loucura"!!! Fui folheando, passei pela Alemanha do "birrento", querendo ver um espaço da Panini dedicado ao Cacau, ao Kuranyi, ao Franz Beckenbauer, que fosse... Cheguei na Argentina, confessei:

- Eu sou fã deste cara, mãe! (sorrindo pro Messi.)

Minha mãe, sem muito dizer sobre o gênio argentino da minha época, trocou as terras e os ídolos:

- Ô, Mayra... E do 'Curintias'? E o Ronaldo? Ele não vai?
- Ah, mãe... Talvez o Roberto Carlos, porque é o melhor na posiç... é o melhor! O Ronaldo não vai, não! (respondi.)
- Então, quem esse Dungaralho vai chamar de conhecido? (minha mãe com este trocadilho só podia ser minha mãe mesmo!)
- O Dunga vai chamar o Robinho, o Adriano. O Luis Fabiano, sabe? E o Nilmar, mãe. O Nilmar! Ai, mãe... mas se o Nilmar não for para a Copa eu não vou assistir a nenhum jogo. (choraminguei para manter a chantagem telepática.)
- Ih, mas o Adriano?
- É, isto se ele não levar o Neymar, no lugar dele. Sabe o Neymar, mãe? Do Santos? (aquele time que você fez questão de buzinar para o torcedor na rua, no dia anterior) Não queria, não. Tem o Kaká também. Mas o Kaká tá machucado e ruim, mãe!!!
- Ah, Mayra. Tô achando que a gente vai "tomar uma", ein? Sabe o que eu acho? Que esses caras nunca treinam juntos e chegam lá para jogar, aí não conseguem fazer nada. Você acha que dá pra ganhar?!?!! (refletiu muito.)
- O duro, mãe... É que tem muito jogador que joga demais no clube dele e chega na hora, pipoca (é o caso do Cristiano Ronaldo, sabe, sabe, sabe?). Entende (do verbo pipocar)??????????
- É! Quero só ver!

Veja bem, veja bem...




Agora, me responda (comentários)? O quê, do fundo do teu coração apaixonado por futebol, que faz fronteira com teu fanatismo/idolatria/ou algo menos por este ou aquele jogador, espera da Copa do Mundo? Minha mãe queria Ronaldo, eu quero Roberto Carlos e Nilmar! E você?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

um poema, que não é exatamente um poema!

(um dois três gravando...)

Pelos meus amigos, eu viro humorista, viro psicóloga, eu viro cardiologista; eu finjo ser vó, mãe, irmã, invento um sol para cada manhã; fico muda, cega, cheia de ódio, retiro todo o bem do episódio; fico apaixonada, prestativa, solidária, fico tudo e fico nada; eu compro, eu vendo, se preciso for, eu comercializo o amor; eu danço, eu canto, eu faço festa, seja com aquela melodia ou com esta; eu me iludo, eu me decepciono, eu entro em ebulição, faço das caras, coração; pelos meus amigos, eu faço as pazes com o mundo, eu me entrego até o fundo; eu peço paciência, fé e calma, eu finco as nossas lembranças ali na alma; por eles, eu dou um passo e não hesito, acho tudo mais bonito; porque minha amizade é sempre o melhor motivo e, por meus amigos, eu sei que vivo!

Já posso mandar meu currículo para o Will.I.am? ( )sim ( )não ( )#tamujuntu

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Minha vida vale ouro!

Hoje, cheguei da faculdade impressionada. Terminei minha prova, (Professor X Limite Intelectual) desci lá no pátio, já de saída, e havia uma movimentação, de funcionários correndo, alunos assustados, aglomerados em volta de uma coisa, que, até então, eu não sabia. Não sei o que aconteceu, exatamente, mas, pelo que me contaram, um aluno saiu da sua aula, também desceu lá no pátio e, indo embora, "foi assaltado", "levou tiro", "estava sangrando muito"... não sei! Uma amiga me disse que o rapaz morreu, mas, de verdade, desejo que não! Desejo, com o meu coração, que Deus lhe dê outra chance. E foi por este motivo que cheguei em casa assustada, com medo, impressionada. Chorei no abraço da minha mãe, me consolei, só. Acontece que andei chorando, todos esses dias. Andei sentindo uma dor no peito, que me tirou um pouco do ar, me sufocou até travar a garganta, num nó. É, escorreram algumas lágrimas (muitas, não vou economizar!), não um motivo para determinar minha sensibilidade, mas senti. Senti muito! E eu sei que estas minhas palavras parecem meio forçadas, um post meio manjado, mas acredite: eu chorei! E chorei junto com as famílias que perderam seus entes queridos, no desabamento do Morro do Bumba, em Niterói. Todo o heroísmo do Corpo de Bombeiros, dos outros anônimos, todo o resgate que o Fantástico exibiu, ontem (11/04/2010), me foram suficientes para paralizar o rosto, num sinal de espanto/dor, muito além de sensacionalismo midiático qualquer. Não menos triste fiquei, junto com o povo carioca, com a capital fluminense vindo água abaixo, na pior chuva dos últimos 44 anos. Sem contar a dor que ainda me resta com os haitianos, chilenos, mexicanos... Naturalmente, por destino, não entendo muito bem, mas eu SENTI! Com a Polônia e o luto pelos seus 96 cidadãos, com a queda do avião, entre eles seu presidente. Aí, como se não bastasse, vem o terror para me cansar ainda mais os olhos. A Rússia, o Iraque, o Afeganistão... Vem o índice de mortes nas estradas aumentando, só aumentando... É o álcool, a velocidade, a imprudência, resumindo... Quanta violência neste trânsito brasileiro! Vem o segurança assassinado, aqui, na minha pequena cidade-dormitório Cambé (Pr), "vítima" do golpe na saída dos bancos. SEGURANÇA! E me resta chorar, chorar, de verdade, e de novo. Levar as mãos à cabeça e me questionar o valor da vida. E descobrir, infelizmente, que a vida anda barata! Que tem gente matando gente a troco de pouco, mas extremamente pouco. Por 26 mil ou 5 reais. Ou nada! Tem irmão matando irmão, aqui na região, a troco de camiseta. "Tó essa camiseta e me dá a sua vida". E o ser humano, que de humano não tem nada, sem generalizar, não saberá nunca qual o valor da própria vida! Pois é! Não sei quem está comigo, se existe alguém aí da mesma opinião que a minha, da minha frase feita, do meu pensamento vão... (vão?). #MINHAVIDAVALEOURO. Eu sinto a preciosidade da minha vida com o passar dos segundos. É terminar o dia e pensar que "já era": o que eu podia ter feito, não fiz. E aquela "de nunca deixar pra amanhã o que pode ser feito hoje", a outra de "viva o hoje como se fosse o último" só estão valendo, enquanto houver disposição para SENTIR, CHORAR o valor da vida. E ainda será pouco, extremamente pouco! Ah... E mais: "quando você menos espera, acontece"... Nada (tem a ver, sim!). Tem é que passar a vida esperando acontecer, sim, fazendo acontecer, pensando, sonhando, ESPERANDO. Preservar a esperança é o lema, fechado (já disse)?! Tem que passar a vida, não escondendo o sentimento de dor e medo e tristeza, ao mesmo tempo, mas vivendo, sentindo o ar da graça ventilar os pulmões a cada dia como se nos restasse a última das chances de Deus (traduza para sua crença!), uma "sobrevida"! Bom, vou terminar logo com isto! Vou dizer que, recuperando a força, depois de "impressionada" que fiquei, continuarei falando de futebol, de música. Porque são a minha luz no fim do túnel, o sol que ilumina meu sorriso diário, que me alivia o coração depois de tanta desgraça vista e onde deposito a esperança de que um dia haja paz, haja valor à vida, haja UNIÃO DE RAÇAS! É por isto e do jeito que eu gosto, nesta humanidade, é por esta razão que eu preciso viver, abusando do que é bom! (e se no final, não lhe parecer final... foi de propósito!)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Doutor, eu não me engano...

Uma vez, deixa eu te (alguém?) contar, fui parar num endocrinologista! O porquê, eu resumo logo: estava doente de estresse. Eu estava com 18 anos, só, acredita? Não vem ao caso, não vem ao caso. Cheguei na consulta (acompanhada da minha mãe), sem força, roendo as unhas, mexendo sem parar nos meus cabelos, batendo os pés no chão... sabe dessas? Nãããão, nada de hospício. O médico era endocrinologista MESMO! Na cadeira, frente a frente com ele, como se eu esperasse o juízo final, me mandou de vez (o que eu já previa, de tanto a Wikipédia me indicar sintoma por sintoma, tratamento por tratamento): "é ansiedade, olha aí"! Em seguida, parti para aquela revisão básica, medição da frequencia cardíaca, pressão e tudo o mais... Levantei da cadeira e o médico mandou, logo, outra: "você é corinthiana?"... A pergunta foi bater lá no fundo, em cheio! Eu respondi, meio afirmando meio sorrindo! O Doutor seguiu, achando graça, e disse que a única forma de me prevenir seria deixar de ser. Deu uma receita, na sua prescrição verbal: "seja são-paulina, porque são-paulino não tem esse tipo de problema"!

"Não, Doutor, meu coração é corinthiano"!

Eu posso sofrer, ver cair o mundo, sentir a psicossomatização do meu amor, mas disto... EU NÃO ME ENGANO, NÃO...